sábado, 23 de outubro de 2010

eu sou ...

... apenas alguém ou até mesmo ninguém. talvez alguém invisível, que o admira a distância sem a menor esperança de um dia tornar-me visível. e você? você é o motivo do meu amanhecer! é a minha angustia ao anoitecer, você é o brinquedo caro e eu a criança pobre, a menina solitária que quer ter o que não pode. dona de um amor sublime mas culpado por querê-lo, como quem a olha na vitrine mas jamais poderá tê-lo. eu sei de todas as suas tristezas e alegrias, mas você nada sabes; nem da minha fraqueza e nem da minha covardia. e como um filme banal, entre a figurante e o ator principal, meu papel era irrelevante para contracenar no final!

e eu te odiei, mas só por me fazer te querer tanto




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