domingo, 16 de janeiro de 2011

só enquanto eu respirar!

... Ele pedia que eu parasse de chorar, mas este pedido parecera tão inútil quanto nadar contra a correnteza.
Eu tentei ignorar os sussurros dele, enquanto ele me envolvia em seus braços; num abraço confortável e aquecedor.
Por um momento ficamos em silêncio.
Quebrando o silêncio, ele pronunciou três simples e sinceras palavras que me deixaram sem sentir minhas pernas, que dispararam meu coração naquele mesmo instante. Mantive a calma, tentando não demonstrar meu abalo com a reação dele.
- Eu te amo – ele disse.
Aquele silêncio totalmente desagradável e constrangedor – onde as únicas coisas que eram capazes de se ouvir eram a nossa respiração e as batidas do meu coração, que por algum motivo acelerava cada vez mais – predominara novamente aquele instante.
Ainda com a cabeça baixa e com os olhos fechados, perguntei a ele:
- Para sempre?
- Só enquanto eu respirar – prometeu ele, com um sorriso sarcástico no rosto.

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